Equipamentos não serviram para uso nas UTIs e foram devolvidos
O governo do Pará recebeu 50 respiradores, enviados no domingo, 17, pelo Ministério da Saúde para socorrer a rede pública de saúde do Pará, após a trapalhada com a compra dos respiradores chineses, que depois de dois meses de comprados, chegaram com inadequações técnicas e não serviram para uso nos hospitais locais e foram devolvidos à empresa que adquiriu na China e vendeu ao governo paraense.
Os equipamentos seriam usados nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) para tratamento de pacientes em estado grave da covid-19. Apesar da Secretaria Estadual de Saúde (Sespa) detectar que os aparelhos eram inadequados e não serviriam como respiradores pulmonares para os pacientes com grave problemas respiratórios, ocorreu apenas uma acordo amigável para a empresa fazer o ressarcimento do dinheiro aos cofres públicos e também a devolução dos equipamentos sem serventia para as UTIs.
Nesta segunda-feira, 18 já fez dez dias que a Sespa assumiu o erro na compra dos respiradores, mas não há informação sobre nenhum processo administrativo para investigar e punir os responsáveis pela escolha dos equipamentos. Ninguém foi punido e nem o governo anuncia compra de outros aparelhos, considerados imprescindíveis para as UTIs.
No dia 12, após a Sespa admitir que os equipamentos adquiridos não serviriam para uso no Brasil, o governo do Pará firmou um acordo com a empresa responsável pelo fornecimento dos 400 respiradores, que foi homologado judicialmente pela 5ª Vara da Fazenda Pública e Tutelas Coletivas.
O valor do contrato sem licitação com a SKN do Brasil Importação e Exportação de Eletroeletrônicos Ltda foi um total de R$ 50.4 milhões. Pelo acordo, a empresa teria que devolver aos cofres estaduais R$ 25,2 milhões, já que só 152 dos 400 equipamentos do contrato chegaram ao Pará.
O acordo foi estabelecido de forma amigável e bastou à empresa SKN do Brasil Importação e Exportação de Eletroeletrônicos Ltda se comprometer a devolver ao Estado o dinheiro público em sete dias, através de depósito em conta judicial vinculada ao processo. O governo também se comprometeu a devolver os respiradores inadequados à empresa.
Após a revelação que os equipamentos eram inadequados, o Ministério Público Federal (MPF) requereu à Polícia Federal investigar o caso. O Inquérito Policial Nº 2020.0042915 foi instaurado pela PF no dia 11 de maio, sob a presidência do delegado José Eloísio dos Santos Neto.
Helder tentou barrar investigação sobre o contrato dos respiradores inadequados
No mesmo dia, o governo do Pará ingressou na Justiça Federal com mandado de segurança, tentando barrar o inquérito da PF. Porém, o juiz da 3ª Vara Federal de Belém, Rubens Rollo D´Oliveira, acatou inicialmente o argumento e concedeu uma medida liminar na segunda-feira, 11, suspendendo as investigações. No entanto, na terça-feira, 12, o magistrado revogou a decisão liminar e manteve a investigação, negando o pedido do governo estadual.
No dia seguinte, o magistrado decretou mandado de prisão dos proprietários da SKN do Brasil Importação, além de buscas e apreensões em Brasília e Rio de Janeiro . A Polícia Federal desencadeou a Operação Profilaxia e prendeu em Brasília o empresário André Felipe Oliveira, acusado de envolvimento em esquema para venda de respiradores hospitalares ao governo de Helder Barbalho (MDB) no Pará.
Outro sócio da empresa não foi encontrado e foi considerado foragido pela justiça. Ao todo foram expedidos pelo juiz dois mandados de prisão e outros cinco de busca e apreensão para investigar documentos do contrato firmado com o governo paraense, acusado também de superfaturamento.
A empresa que vendeu respiradores para o governo paraense também está no rol de maiores devedores do Governo do Rio de Janeiro, com uma dívida ativa de R$ 3.3 milhões. Além de Pará e Rio de Janeiro, outros estados, como Santa Catarina também tiveram problemas com a SKN do Brasil.
Depois de todo anúncio nas redes sociais e muita propaganda do governo estadual sobre os 400 respiradores, resta aos hospitais públicos e de campanha na capital e interior do Pará se contentarem com os 50 aparelhos enviados pelo MS.
Os equipamentos são de fabricação nacional e vieram de São Paulo. Segundo a Sespa, assim que chegaram em Belém, os aparelhos foram transportados para testes no Hospital de Campanha do Hangar. Com os novos respiradores, o Pará contará com 390 UTI´s para pacientes com síndrome respiratória aguda.
São equipamentos fabricados no Brasil e, de acordo com o engenheiro responsável pela logística do Hospital de Campanha do Hangar, Henrique Bolderine, são equipamentos com tecnologia de última geração.
Os equipamentos seriam usados nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) para tratamento de pacientes em estado grave da covid-19. Apesar da Secretaria Estadual de Saúde (Sespa) detectar que os aparelhos eram inadequados e não serviriam como respiradores pulmonares para os pacientes com grave problemas respiratórios, ocorreu apenas uma acordo amigável para a empresa fazer o ressarcimento do dinheiro aos cofres públicos e também a devolução dos equipamentos sem serventia para as UTIs.
Nesta segunda-feira, 18 já fez dez dias que a Sespa assumiu o erro na compra dos respiradores, mas não há informação sobre nenhum processo administrativo para investigar e punir os responsáveis pela escolha dos equipamentos. Ninguém foi punido e nem o governo anuncia compra de outros aparelhos, considerados imprescindíveis para as UTIs.
No dia 12, após a Sespa admitir que os equipamentos adquiridos não serviriam para uso no Brasil, o governo do Pará firmou um acordo com a empresa responsável pelo fornecimento dos 400 respiradores, que foi homologado judicialmente pela 5ª Vara da Fazenda Pública e Tutelas Coletivas.
O valor do contrato sem licitação com a SKN do Brasil Importação e Exportação de Eletroeletrônicos Ltda foi um total de R$ 50.4 milhões. Pelo acordo, a empresa teria que devolver aos cofres estaduais R$ 25,2 milhões, já que só 152 dos 400 equipamentos do contrato chegaram ao Pará.
O acordo foi estabelecido de forma amigável e bastou à empresa SKN do Brasil Importação e Exportação de Eletroeletrônicos Ltda se comprometer a devolver ao Estado o dinheiro público em sete dias, através de depósito em conta judicial vinculada ao processo. O governo também se comprometeu a devolver os respiradores inadequados à empresa.
Após a revelação que os equipamentos eram inadequados, o Ministério Público Federal (MPF) requereu à Polícia Federal investigar o caso. O Inquérito Policial Nº 2020.0042915 foi instaurado pela PF no dia 11 de maio, sob a presidência do delegado José Eloísio dos Santos Neto.
Helder tentou barrar investigação sobre o contrato dos respiradores inadequados
No mesmo dia, o governo do Pará ingressou na Justiça Federal com mandado de segurança, tentando barrar o inquérito da PF. Porém, o juiz da 3ª Vara Federal de Belém, Rubens Rollo D´Oliveira, acatou inicialmente o argumento e concedeu uma medida liminar na segunda-feira, 11, suspendendo as investigações. No entanto, na terça-feira, 12, o magistrado revogou a decisão liminar e manteve a investigação, negando o pedido do governo estadual.
No dia seguinte, o magistrado decretou mandado de prisão dos proprietários da SKN do Brasil Importação, além de buscas e apreensões em Brasília e Rio de Janeiro . A Polícia Federal desencadeou a Operação Profilaxia e prendeu em Brasília o empresário André Felipe Oliveira, acusado de envolvimento em esquema para venda de respiradores hospitalares ao governo de Helder Barbalho (MDB) no Pará.
Outro sócio da empresa não foi encontrado e foi considerado foragido pela justiça. Ao todo foram expedidos pelo juiz dois mandados de prisão e outros cinco de busca e apreensão para investigar documentos do contrato firmado com o governo paraense, acusado também de superfaturamento.
A empresa que vendeu respiradores para o governo paraense também está no rol de maiores devedores do Governo do Rio de Janeiro, com uma dívida ativa de R$ 3.3 milhões. Além de Pará e Rio de Janeiro, outros estados, como Santa Catarina também tiveram problemas com a SKN do Brasil.
Depois de todo anúncio nas redes sociais e muita propaganda do governo estadual sobre os 400 respiradores, resta aos hospitais públicos e de campanha na capital e interior do Pará se contentarem com os 50 aparelhos enviados pelo MS.
Os equipamentos são de fabricação nacional e vieram de São Paulo. Segundo a Sespa, assim que chegaram em Belém, os aparelhos foram transportados para testes no Hospital de Campanha do Hangar. Com os novos respiradores, o Pará contará com 390 UTI´s para pacientes com síndrome respiratória aguda.
São equipamentos fabricados no Brasil e, de acordo com o engenheiro responsável pela logística do Hospital de Campanha do Hangar, Henrique Bolderine, são equipamentos com tecnologia de última geração.
Por Roma News
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